domingo, 24 de abril de 2016

A serpente de bronze foi uma forma de idolatria?

Deus ordenou a Moisés que não fizesse nenhuma “imagem de escultura” (Êx 20:4) para que não fosse usada como um ídolo. Contudo, mais adiante ele ordenou a Moisés: “Faze uma serpente de bronze, e põe-na sobre uma haste” (Nm 21:8, R-IBB). Posteriormente, o povo adorou essa mesma imagem (2 Rs 18:4). Deus então ordenou que Moisés violasse aquele mandamento contra a idolatria, o qual Ele mesmo lhe dera?

Em primeiro lugar, o mandamento contra a feitura de “imagens de escultura” foi um mandamento proibindo fazer ídolos. Deus não ordenou que Moisés fizesse um ídolo para o povo adorar, mas que fizesse um símbolo para o qual eles poderiam olhar com fé e assim serem curados. Posteriormente, o povo fez daquele símbolo um ídolo. Mas isto não faria com que o símbolo se tornasse algo mau. Afinal, até a Bíblia tem sido adorada como um ídolo. Mas isso não quer dizer que Deus pretendia que ela se tornasse um ídolo.

Além disso, nem todas as “imagens” são ídolos. A arte religiosa contém imagens, mas estas em si não são ídolos, a menos que sejam veneradas ou adoradas. Deus instruiu Moisés a fazer também querubins (anjos) para a arca, mas eles não eram ídolos. Há uma diferença entre uma representação dada por Deus como um símbolo (por exemplo, o pão e o vinho na Ceia do Senhor) e um ídolo fabricado pelo homem (veja os comentários de Êxodo 25:18).


Extraído do livro MANUAL POPULAR de Dúvidas, Enigmas e “Contradições” da Bíblia. Norman Geisler – Thomas Howe


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